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Sebrae desenvolve programa para apoiar a relação entre pequenos negócios convencionais e startups
Anúncio aconteceu durante painel do primeiro dia da Campus Party Digital Edition 2021. Evento deve reunir mais de 600 mil pessoas, on-line, com participação de 30 países
O Sebrae deve lançar, em breve, o programa Catalisa MPE, especialmente dedicado a incentivar o relacionamento entre os micro e pequenos negócios mais tradicionais e as startups. O objetivo é levar a inovação a segmentos como padarias, mercadinhos de bairro, entre outros. O anúncio da novidade foi feito pela analista de inovação do Sebrae, Giovana Serenato, no primeiro dia da Campus Party 2021. A Fábrica de Empreendedores do Sebrae, espaço dedicado ao debate sobre empreendedorismo dentro da Campus, estreou sua programação, no dia 22 de julho.
Giovana comentou que o Catalisa MPE, vai oferecer iniciativas de inovação aberta para vários tipos de empreendimentos, sejam eles na área de tecnologia, agronegócio, beleza, entre outros. “A ideia do Catalisa MPE é trazer soluções tecnológicas para negócios tradicionais, com objetivo de dar competitividade para essas empresas, mostrando que elas podem se relacionar com startups”, explicou. A apresentação da analista aconteceu durante o painel “Como as startups podem transformar os negócios tradicionais”, que contou ainda com a presença do analista de inovação do Sebrae, Thiago Cunha.
De acordo com Thiago, é preciso quebrar o estereótipo de que startups foram criadas para vender, apenas, para as grandes empresas. “Independente do perfil da startup, é importante usar da colaboração entre os micro e pequenos negócios para o crescimento de ambos. O segredo é se relacionar. Por mais que a startup tenha uma invenção incrível, inovadora, ela pode ser de pequeno porte e precisa pensar em atender a todos. Dessa forma ambos ganham escalabilidade”, pontuou Thiago.
Adaptabilidade
Para o gestor regional de programas para Startups, empresas de Tecnologia e Inteligência Digital do Sebrae/PR, Nickolas Zeni Kretzmann, torna-se indispensável que as pessoas se apropriem das novas tendências do mercado, considerando que a atitude impacta diretamente na sustentabilidade dos negócios, e colabora para que ocorra a criação de novas startups do futuro.
“Em 2019, estávamos vivendo a grande expectativa de que 2020 seria um dos melhores anos das nossas vidas. O resto da história vocês já conhecem. Além da pandemia, o cenário incluiu o surgimento de várias perguntas sem respostas. Tudo isso acelerou a evolução de muitas pessoas”, ressaltou Nickolas. Em palestra que ocorreu no final da tarde de quinta-feira (22), com a temática “Pensamento futuro & Cenários estratégicos”, ele indicou que o efeito da pandemia acelerou muitos processos que deveriam ter sido agilizados anteriormente. “É o caso das empresas que ainda não apostavam no delivery e que não estavam presentes no digital”, comentou.
Segundo Nickolas, é essencial verificar as possibilidades futuras sem se acomodar com o que já existe. “Se você enxergar o cenário que é, o futuro estará comprometido. A nova economia agrega a intenção de fazer perguntas certas. Se tiver uma pergunta preguiçosa, haverá uma solução preguiçosa”, disse ao público. O especialista destacou ainda que a evolução causa nas pessoas os processos de paralisação, mobilização e retomada. “Neste panorama, identificamos que os protagonistas têm a capacidade e visão de futuro para criar cenários estratégicos. É fundamental apostar na adaptabilidade”, acrescentou.
A Campus Party Digital Edition traz, neste ano, em sua segunda edição totalmente on-line, 30 países envolvidos em mais de 150 transmissões simultâneas, com a presença de 2 mil palestrantes e mais de 600 mil participantes. O evento prossegue até o dia 24 de julho.